Você já pensou nas mudanças causadas pelo Ensino Híbrido?

Veja aqui neste post quais os principais pontos dessa discussão.

Primeiramente, vale dizer que a Pandemia da COVID-19 inseriu as escolas em um contexto novo.

Ou seja, quase da noite para o dia milhares de professoras, professores e estudantes do mundo inteiro pararam de ir às aulas presencialmente.

Assim começa um período de transformação da Educação.

Com ele, as Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs) são ferramentas indispensáveis para o presente e o futuro da Cultura Digital.

O impacto dessa tendência do Século 21 se desenvolve na mistura entre o ensino presencial e o ensino on-line, a distância.

A adaptação foi geral, de corpos, mentes e espaços físicos e digitais.

O tempo passou e estamos caminhando a um retorno transformado.

Aqui entram os termos que mais ouvimos a partir da adaptação à nova realidade: Aulas Síncronas e Aulas Assíncronas.

Para não esquecer:

Aula SíncronaAula Assíncrona
  É o encontro com a presença ao vivo da professora e do professor, é a aula em tempo real, transmitida por alguma plataforma de comunicação.    As aulas são gravadas e acessadas em qualquer momento, sem o acompanhamento da professora e do professor.

EAD já não era assim?

Há tempos conhecemos o conceito de Educação a Distância (EAD), principalmente para cursos de graduação e pós-graduação.

Ou seja, sabemos que aulas podem ser acompanhadas pelo uso das TDICs.

De certo modo, podemos acreditar que a Educação Híbrida já estava presente na vida de quem estuda?

Podemos, mas lembrando que essa relação estava principalmente ligada aos estudos de pessoas adultas.

A grande mudança aconteceu com a Educação Básica.

Pois atingiu a Educação Infantil, o Ensino Fundamental (1 e 2) e o Ensino Médio.

Ensino Híbrido na Educação Infantil

De repente, então, professoras e professores tiveram que planejar rapidamente oportunidades para que crianças e jovens continuassem a estudar, sem ir à escola.

Ao invés das pessoas irem à escola, a escola foi à casa delas!

No começo foi difícil, por um lado muitas reclamações, mas por outro muitos memes e piadas sobre a situação… Soubemos tirar proveito…

Mas foi muito delicada a situação.

Pensemos na Educação Infantil: como manter crianças pequenas ligadas às telas, com atenção, compreensão e interesse?

Logo elas, que precisam tanto do contato físico dos cuidados e das relações… De um modo geral, foi o segmento escolar com mais evasão, pois as famílias se viram, principalmente, diante do remanejamento financeiro.

Escolas fecharam, profissionais perderam empregos…

Se por um ponto de vista foi um árduo trabalho adaptativo, de outro foi uma chance bonita para familiares e responsáveis conviverem mais tempo com suas crianças.

Obviamente, temos muitos assuntos para discutir sobre as demandas geradas dentro das casas, além das comuns.

Ensino Híbrido no Ensino Fundamental

Se na Educação Infantil a situação foi difícil, dadas suas particularidades, no Ensino Fundamental as complexidades tornaram os trabalhos mais intensos.

Além das necessidades comuns em relação à Educação Infantil, no Ensino Fundamental crianças e jovens já possuem autonomia e interesses específicos.

Isso é ótimo, no entanto também problemático.

Pois é fácil se perder nos acessos que as máquinas proporcionam.

Imagine-se com 7, 9, 11 anos tendo que ficar horas diante do computador para prestar atenção na aula, sem muita interação…

Aí você lembra de um vídeo, um jogo, da rede social e em um click se transporta para outro lugar diferente da sala de aula virtual.

Não há quem resista completamente!

Certamente, uma vantagem deste período foi o desenvolvimento da fluência digital para estudantes que antes nem sabiam como se editava e compartilhava um texto, como se criava uma planilha, ou seja, como se usava a tecnologia além do entretenimento.

Isso vale para as professoras e professores também, foi uma oportunidade interessante para aprofundar conhecimentos e práticas.

Ensino Híbrido no Ensino Médio

Se no Ensino Fundamental, apesar das dificuldades, foi possível contornar as situações com a criançada, pois ainda é uma fase de escuta e atendimento de propostas.

No Ensino Médio a coisa se complicou demais, pois estávamos diante de adolescentes em confinamento.

É nessa fase que as jovens e os jovens estão se firmando diante das possibilidades do mundo, ganhando autonomia em seus grupos e vivências fora de casa e da escola.

Em seus trajetos, lugares e experiências.

Quando se viram sem poder sair, infelizmente grande parte das juventudes entraram em depressão.

Diante disso, o trabalho das educadoras e educadores foi além da especialidade das Áreas do Conhecimento, desenvolveu-se na parceria e cuidado das escutas atentas da Competências Socioemocionais.

Junto com a Educação Infantil, o Ensino Médio apresenta os maiores dados de evasão, por motivos muito distintos.

Com as crianças pequenas a escolha não foi delas, já com as jovens e os jovens, a barra foi pesada, assim como as decisões.

Dificuldades, exclusões e superações

Além de tudo isso, precisamos pensar em duas realidades distintas: Ensino Particular e Ensino Público.

Acreditamos que as dificuldades de adaptação, aproveitamento, avaliação e ressignificação foram muito parecidas independente do contexto social.

Afinal, professoras e professores se desdobraram para alcançar os melhores resultados para suas turmas.

Por outro lado, sabemos dos abismos que separam essas realidades.

As dificuldades para crianças e jovens que dependem da Educação Pública foi além da discussão do Ensino Híbrido e do uso das TDICs.

Elas continuaram a revelar como grande parte da população brasileira conta com os apoios de alimentação, proteção, cuidado físico e socialização que a escola proporciona.

Assim, reafirmamos o compromisso de fortalecimento da Educação como a principal ferramenta na construção de uma sociedade justa, inclusiva e democrática.

E você, como lidou com as sincronias e assincronias?

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